O valor do papelão subiu 50% nos últimos 30 dias, de acordo com Telines Basílio “Carioca”, presidente da Confederação Nacional de Cooperativas de Trabalho e Produção de Recicláveis (CONATREC). Além disso, o preço do quilo do vidro aumentou para R$ 0,38, e o quilo do alumínio está sendo comercializado por R$ 9.
Segundo Carioca, essa valorização indica que a crise nos preços dos materiais recicláveis, que impactou negativamente a renda dos profissionais da categoria nos últimos dois anos, pode ter terminado.
Impacto da Abertura do Mercado e Mudanças no Contexto Econômico
O Ministério do Meio Ambiente informou que em meados de 2022 houve uma abertura do mercado brasileiro para importação de resina virgem. Nesse contexto, tornou-se economicamente mais viável importar resina virgem do que reciclar e transformar materiais, afetando o setor de reciclagem.
“Mas em setembro de 2023, com o objetivo de reverter essa situação, o Ministério baixou um decreto e aumentou consideravelmente essas taxas. Demorou uns seis meses para o cenário melhorar”, explicou Telines em entrevista ao portal Terra.
Recuperação dos Preços e Esperança para o Setor
“Agora, de junho para cá, a gente percebe que realmente houve um impacto positivo na comercialização desses resíduos, principalmente no que diz respeito ao papelão”, comemora Carioca. A valorização dos preços desses materiais recicláveis pode sinalizar uma recuperação do setor, trazendo esperança para os profissionais que dependem dessa atividade para sua subsistência.
A recente valorização dos preços do papelão, vidro e alumínio oferece um alívio para o setor de reciclagem no Brasil. A expectativa é que essa tendência positiva continue, beneficiando os profissionais da reciclagem e contribuindo para uma gestão mais eficiente dos resíduos no país.