Brasil pode reduzir 8,2 milhões de toneladas de plástico até 2040 com alternativas sustentáveis

Um estudo realizado pela consultoria Systemiq, encomendado pela Oceana e WWF-Brasil, aponta que o Brasil pode deixar de produzir 8,2 milhões de toneladas de resíduos plásticos até 2040 ao substituir itens descartáveis por alternativas mais sustentáveis, como papel, vidro, alumínio e materiais compostáveis. Essa mudança também poderia reduzir em 18 milhões de toneladas as emissões de CO₂ no mesmo período, destacando os benefícios ambientais de uma transição para novos padrões de produção.

O Brasil, maior produtor e poluidor de plástico da América Latina, atualmente é responsável por cerca de 8% do plástico que chega aos oceanos globalmente. A transição para materiais alternativos não só diminuiria esse impacto, mas também representaria uma oportunidade econômica significativa. O mercado desses materiais tem potencial para crescer até 53%, movimentando R$ 17,3 bilhões e injetando cerca de R$ 6 bilhões na economia.

Apesar dos benefícios, a mudança pode gerar desafios, como a eliminação de aproximadamente 13 mil postos de trabalho diretos na indústria de plásticos descartáveis. Contudo, a pesquisa sugere que o setor de materiais alternativos tem capacidade de absorver boa parte dessa mão de obra, fortalecendo negócios inovadores e acelerando a descarbonização do setor industrial.

No âmbito legislativo, o Projeto de Lei 2524/2022, atualmente em tramitação no Senado, propõe a eliminação gradual de plásticos descartáveis no Brasil e incentiva a transição para materiais recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis. A proposta visa reformular os padrões de produção e consumo no país e fomentar a Economia Circular do Plástico, alinhando o Brasil a práticas mais sustentáveis e inovadoras.

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