Enquanto o Brasil ainda destina cerca de 90 milhões de toneladas de lixo por ano para aterros sanitários, a Suécia mostra que é possível seguir outro caminho. Com políticas públicas bem estruturadas e uma cultura ambiental consolidada, o país europeu alcançou um feito notável: menos de 1% de seus resíduos vai para aterros.
Esse resultado é fruto de um modelo baseado em educação ambiental, coleta seletiva eficiente e uso intensivo da tecnologia WTE (waste-to-energy) — sistema que transforma lixo em energia elétrica e aquecimento para milhares de residências.
A operação é tão eficaz que, para manter as usinas funcionando, a Suécia passou a importar resíduos de outros países. Essa estratégia permite abastecer a geração de energia enquanto evita a superlotação dos aterros e reduz o desperdício de materiais.
O modelo também colabora com a redução das emissões de gases de efeito estufa e fortalece os princípios da economia circular.
Com ações integradas e foco na eficiência, a Suécia tornou-se referência mundial e mostra que o lixo, se bem gerido, pode ser uma solução — não apenas um problema.