Baixa reciclabilidade do BOPP levanta alerta sobre embalagens de ovos de Páscoa

A maioria dos ovos de Páscoa vendidos no Brasil é embalada em BOPP (Polipropileno Biorientado), um tipo de plástico metalizado com baixíssima reciclabilidade.

Ou seja, o material raramente interessa para as cooperativas ou para os catadores autônomos, tanto em São Paulo quanto em outras regiões do país.

Isso ocorre porque o BOPP mistura camadas de plástico e alumínio, o que torna seu processamento caro e pouco viável para o reaproveitamento. Para agravar o quadro, faltam tecnologias acessíveis e programas de logística reversa específicos para esse tipo de embalagem.

O resultado é o descarte inadequado, muitas vezes em aterros sanitários, lixões clandestinos ou diretamente no meio ambiente.

Como alternativa, os consumidores podem optar por ovos com embalagens feitas de papel, papelão ou plásticos simples, materiais com maior índice de reciclagem e maior chance de reaproveitamento na cadeia.

Além disso, especialistas defendem que as marcas assumam a responsabilidade pelo material pós-consumo, por meio da criação de programas de economia circular voltados ao BOPP em escala nacional.

Enquanto não há regulamentação específica para essas embalagens, o engajamento do público segue como um fator crucial para pressionar mudanças no setor e estimular práticas mais sustentáveis.

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