Reciclagem de Lixo Eletrônico: Um Desafio Global

A rápida evolução tecnológica tem impulsionado um aumento significativo no volume de lixo eletrônico gerado globalmente. Smartphones, notebooks, monitores, tablets, fones, fios, teclados, pilhas e baterias compõem o chamado e-lixo, que representa um risco ambiental e à saúde.

No entanto, o descarte adequado e a reciclagem ainda são insuficientes para lidar com a demanda crescente. Dados do Monitor Global de Resíduos Eletrônicos, da Organização das Nações Unidas (ONU), indicam que a geração de lixo eletrônico cresce cinco vezes mais rápido do que a capacidade de reciclagem do setor.

Em 2022, foram produzidas 62 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, um aumento de 82% em relação a 2010. O Brasil se destaca negativamente nesse cenário: além de ser o maior produtor de resíduos eletrônicos da América do Sul, figura entre os cinco maiores geradores do mundo. No mesmo ano, o país gerou 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico, mas apenas 3% desse total foi coletado e reciclado formalmente.

O que é lixo eletrônico?

Não tem segredo e é fácil de identificar: se vai na tomada ou usa pilha e bateria, é lixo eletrônico. Ou seja, é todo objeto que possui um circuito elétrico dentro, seja composto por uma fiação ou, em casos mais complexos, aquele que possui placa eletrônica para tomada de decisão.

Entre os principais exemplos de e-lixo estão:

  • Eletrodomésticos como geladeiras, freezers, micro-ondas, cafeteiras, torradeiras e ventiladores.
  • Dispositivos eletrônicos como computadores, celulares, tablets, fones de ouvido e controles remotos.
  • Itens do dia a dia como cabos, pilhas, baterias, secadores de cabelo e brinquedos eletrônicos.
  • CDs e DVDs, que também entram na categoria de eletrolixo devido à sua composição.

O descarte inadequado desses resíduos pode liberar substâncias tóxicas no meio ambiente, contaminando o solo e a água. A reciclagem do lixo eletrônico é essencial para reduzir esses impactos e recuperar materiais valiosos, como cobre, alumínio e metais preciosos presentes nos circuitos.

Promover a conscientização sobre a destinação correta desses materiais e ampliar os programas de coleta seletiva são passos fundamentais para enfrentar esse desafio global.

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